Durante os preparativos para a invasão da Normandia e conseqüente avanço sobre as tropas alemãs ficou evidente a necessidade de ações estratégicas visando o controle de pontes e estradas além das linhas de defesa inimigas nas praias e arredores. Este controle era necessário pois evitaria ou retardaria qualquer tentativa alemã de contra ataque. Como um fator extra, estas ações ainda contribuiriam para espalhar a dúvida sobre as reais intenções do inimigo, deixando o comando alemão indeciso e retardando a tomada de decisões  para um contra ataque efetivo.

Neste cenário surge então a aeronave que seria considerada o ícone da aviação de transporte na II Guerra e uma das mais famosas e longevas na história da aviação: O Douglas C-47, variante militar da aeronave DC-3. Durante a guerra foram fabricadas mais de 10.000 unidades, sob diferentes nomes e versões, sendo as mais conhecidas a Skytrain, seu nome original e a versão Dakota,  adotada pelos ingleses. Durante a noite de 5 para 6 de junho de 1944 centenas de C-47 decolaram transportando cada um 28 soldados completamente equipados e outras centenas  decolaram rebocando planadores e os lançaram em diversos pontos pré-determinados, iniciando assim os preparativos para a grande invasão na manhã seguinte.

O C-47 foi largamente utilizado pela Força Aérea Brasileira até o final de década de 70, quando suas missões foram totalmente absorvidas pelos C-115 Bufalo e C-95 Bandeirantes. No Museu da TAM, em São Carlos, SP, há uma aeronave do modelo, fabricada em 1943 e que participou do desembarque . Pertenceu a diferentes operadores após a guerra e hoje repousa no pátio do museu .

Fotos:

1- C-47 fotografado em lakeland, 2006.

2- Paraquedista a porta do C-47, pronto para o salto . Museu do Ar e Espaço, em Paris.

3- Interior do C-47 tal como no dia D. Museu do Ar e Espaço, em Paris.

4- C-47 Rose, Museu da TAM.

5- C-47 utilizado na II Guerra pela USAF, vendido aos russos e acidentado na Sibéria em 1947. Redescoberto em excelentes condições em 2012. Foto: ww2 in colour